quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Fundação Cultural de Blumenau lança a 5ª Temporada de Exposições no Museu de Arte de Blumenau (MAB). De 7 de novembro à 5 de janeiro das 10h às 16h de terça a domingo.

Fundação Cultural de Blumenau lança a 5ª Temporada de Exposições no Museu de Arte de Blumenau (MAB). De 7 de novembro à 5 de janeiro das 10h às 16h de terça a domingo.
 Foto de Jaime Batista da Silva

MAB LANÇA 5ª TEMPORADA DE EXPOSIÇÕES.
A Fundação Cultural de Blumenau lança a 5ª Temporada de Exposições no Museu de Arte de Blumenau (MAB), quinta-feira, dia 7 de novembro, às 19h, quando serão abertas as exposições da temporada e apresentadas as obras de Pita Camargo, Fábio Salun, Marcio Marques, Suyan de Mattos, Sandro Brasil, Alexandra Ungern-Sternberg, Miriã Cavalcanti, TiroTTi e Coletivo MOB. A Banda The Zorden será a atração musical da noite. Também serão lançados na Galeria do Papel os catálogos das edições do Projeto Pretexto - Sesc Blumenau.

Professores, arte-educadores, coordenadores pedagógicos, artistas, acadêmicos, alunos de arte e comunidade em geral estão convidados a participar de uma roda de conversa com os artistas. A visitação à exposição poderá ser feita até 5 de janeiro, sempre de terça-feira a domingo das 10h às 16h. Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176. A entrada na festa de lançamento das exposições é gratuita, assim como a visitação dos espaços onde estarão as obras.

Na Obra e tempo vinte e seis - menos um, o escultor catarinense Pita Camargo apresenta a série de esculturas de médio e grande porte em mármore e granito em comemoração aos 30 anos de trabalho, celebrando a obra e o tempo. Nela, o artista questiona: o que é importante na arte, a forma criada pelo artista ou a negação do valor material? Uma das obras da exposição será instalada no fundo do mar, 20 anos após a primeira escultura submersa. O artista retoma o caminho das pedras propondo a criação de uma nova pele marinha em forma de mármore que desaparece, restando 25 esculturas expostas no MAB/Fundação Cultural de Blumenau.

Na exposição fotográfica Fronteiras perdidas: limites dissolvidos entre o abstrato e o figurativo, Fábio Salun, de Joinville, apresenta na Sala Oficial do MAB recortes da produção que teve início em 2002. O projeto propõe uma reflexão acerca da própria estrutura da fotografia, representando a preocupação poética do artista em relação às ideias de abstração. "Na série apresentada, utilizo o recorte e sua possibilidade de esconder o referente da imagem para estabelecer um diálogo entre o figurativo e o abstrato", destaca Salun.
  Foto de Jaime Batista da Silva

Em Espaços para Imaginários, o paulistano Marcio Marques apresenta três vídeos: Polissemia, Sequestro e Estudo para movimento mudo. A animação de telas de TV compõem um skyline, contendo imagens que criam analogias entre o mundo virtual e o real, o espaço urbano e o sideral, o público e o privado. Sequestro trata da relação continente/conteúdo, sombra e luz, desenho esquemático e narrativa. Estudo para movimento mudo, propõe uma reflexão acerca de como determinadas formas e conteúdos atravessam as mídias e o tempo. O trabalho será apresentado na Sala Oficial do MAB. Em Os Abandonos, os artistas visuais Suyan de Mattos e Sandro Brasil exibirão pela primeira vez uma mostra individual na cidade, composta por quatro vídeos (Abandono de Si Mesmo; Abandono: Primeiro Destino; Abandono: Segundo Destino; Abandono : Terceiro Destino), um objeto, Totem, e uma instalação, Narrativas do Abandono. O argumento da proposta da exposição é fundamentado no lúdico, que descreve o onírico, o surreal e a brincadeira na arte como fator neutralizador da seriedade, mesmo tratando de uma atmosfera de cunho dramático. Os quatro vídeos apresentam focos distintos de um mesmo tema. Suyan de Matos é carioca e atualmente reside em Brasilia. Sandro Brasil é natural de São Paulo, reside em Florianópolis. Outro ponto alto da noite é a apresentação do 2º FAÇA - Festival Audiovisual Catarinense, que será divulgado em Blumenau de 7 a 9 de novembro.

A Ilha do Bananal-desfocados, de Alexandra Ungern-Sternberg, relembra imagens dos moradores e paisagens capturadas com sua máquina fotográfica durante viagem exploratória que fez a uma aldeia indígena no Estado do Tocantins. Seu olhar não apenas os vê, mas também os sente, os toca. Apesar de enxergá-los nitidamente através da sua lente e fotografá-los com foco preciso, na sua percepção, suas imagens se refletiam foscas e desfocadas. Decidiu dar-lhes nova identidade. Replicou as imagens que sofreram transformações digitais tornando-as quase abstratas, redefinindo a paisagem e seus habitantes. Desfocando-os, revelou a essência das formas e cores. Agora são quase invisíveis, fantasmas. Não os possui, não os aprisiona em imagens, os deixa livres. Natural de Recife (PE), Alexandra vive e trabalha em São Paulo.

Em Marcas do Tempo, Miriã Cavalcanti apresenta seu atual trabalho que utiliza a fotografia como suporte. Desenvolve imagens que complementam a poesia com maestria num formato sublime. Através de memórias e marcas do tempo deixadas nas paredes, nas madeiras e nos metais, Miriã adiciona delicadas formas misteriosamente integradas num contexto pessoal. Os antagonismos gerados pelas texturas e conceitos próprios permitem uma viagem no tempo. Sugere trânsito livre pelo interior de paredes com impressões da realidade do seu mundo. Considerando a relevância e contemporaneidade desta produção, fica claro que o tempo pode conviver com o imediatismo do cotidiano e provocar uma forma inesperada de reflexão entre criar e lembrar.

A exposição Memória lócus, de Tirotti, dá início em Blumenau a um roteiro por três cidades de Santa Catarina, onde, em cada parada, apresenta uma coleção de imagens associadas à memória do lugar, espécie de flagrante visual do passado segundo o enfoque particular do artista. Essa maneira única de lidar com as lembranças em Memória locus inclui uma experiência prévia do lugar, além de outras visitas de pesquisa sobre o ambiente em que a exposição será montada. Os registros dessa experiência passam a integrar um arquivo que Tirotti usa como ferramenta e como acervo, a exemplo de outros artistas contemporâneos cujo trabalho envolve a seleção, a edição e o arranjo da imagem. Esse processo chega à exposição na forma de um vídeo projetado em velocidade de avanço e de frames dessa mesma sequência impressos sobre superfícies de papel arroz, imagens cujas características representam a fragilidade e a distorção da memória. Em Blumenau, Memória locus estará equilibrada entre uma abordagem pessoal - dada pelas relações de Tirotti com Fábio Salun e Pitta Camargo, artistas que abrem exposições simultâneas à sua - e uma abordagem local, na memória de Herbert Holetz e da Sala 30 da Fundação Cultural de Blumenau, espaço que acolhe a exposição. TiroTTi é natural de São Paulo, e mora em Joinville. Gleber Pieniz é o curador da exposição.

O Coletivo MOB, formado por cinco artistas de Contagem (MG), apresenta o trabalho É só uma carta de amor. Andreza Coutinho e Daniela Graciere, integram o Coletivo MOB, como responsáveis pelas artes visuais. No projeto, o MOB procura resgatar o ato de escrever cartas, provocando uma discussão na correria do dia-a-dia, questionando se vale mesmo a pena correr tanto, deixar tudo tão rápido, nos fazendo perder assim o olhar demorado e atencioso com relação às coisas que realmente nos fazem bem. Como o objetivo principal do projeto é instigar nas pessoas a vontade de escrever cartas, as escritas são colocadas em um envelope que está fixo na parede. Podem ser escritas a partir de uma máquina de escrever deixada sobre um mesa no local de exposição. Os visitantes estão autorizados a pegar as cartas deixadas, cria-se então uma rotatividade. Assim, o público tem a liberdade de apenas deixar uma carta, apenas receber uma carta ou receber e deixar, dependendo da vontade e necessidade de cada pessoa que se propõe a participar da obra.

A atração musical da noite fica sob a responsabilidade da Banda The Zorden. O grupo atua desde 1991, mas foi em 1997 que se tornou profissional, quando os três irmãos Rafael, Eduardo e João Paulo assumiram as principais funções da banda. Agora, na noite de abertura da exposição, a banda pretende contar a história da música das últimas seis décadas. Essa miscelânea de ritmos e estilos faz dela uma banda única, pois transita por quase todas as vertentes musicais sem perder o estilo, a pegada e a elegância na interpretação. A proposta é mostrar as influências que adquiriu no decorrer dos anos e acrescentar a essas influências um estilo próprio de compor e de interpretar as canções, não se fixando em modismos.

Durante a noite, o Sesc-Blumenau fará o lançamento dos catálogos do Projeto Pretexto. O material pode ser conferido na Galeria do Papel. Esses catálogos contam com obras dos artistas Alexandre Venera, Aline Assumpção, Beliria Boni, Bruno Bachmann, Carlos Lobe, Charles Steuck, Cláudio Peruzzo Junior, Daiana Schvartz, Daniel Costadessouza, Deda Silveira, Denise Patrício, Édio Raniere, Elke Magrit Littig, Everton Duarte, Fabrício Schmidt, Felipe Lobe, Gabriela Lombardi, Heraldo Fernandes, Ivan Schulze, Juliana Teodoro, Lygia Helena Roussenq Neves, Maicon Mohr, Márcia Gazaniga, Maria Salette Werling, Marlene Hüskes, Nassau de Souza, Rosangela Rosa, Roseli Kietzer Moreira, Rosina de Franceschi, Sueli Freygang e Suzana Sedrez.
  Foto de Jaime Batista da Silva

Faça
A 5ª Temporada de Exposições do MAB também abre espaço para a divulgação do 2º FAÇA - Festival Audiovisual Catarinense, que estará na cidade de 7 a 9 de novembro com oficinas teóricas e práticas sobre Documentário, Roteiro e Direção, Ideias Audiovisuais, Oportunidades de Negócios Culturais e Introdução à Animação. Ementas, métodos e demais informações estão à disposição no site do festival (www.faca.art.br).

O FAÇA é um festival competitivo e direcionado a curtas-metragens. Os 21 filmes selecionados este ano (confira lista no site) vão concorrer a quatro prêmios de R$ 5 mil cada. Três prêmios serão eleitos segundo critérios do Júri Oficial, sem categorias pré-definidas. Já a quarta premiação é o público quem elege, ou seja, o Melhor Filme, segundo Júri Popular.
 Foto de Jaime Batista da Silva 

O que ver:
Obra e tempo vinte e seis - menos um, do escultor Pita Camargo
Fronteiras perdidas: limites dissolvidos entre o abstrato e o figurativo, de Fábio Salun
Espaços para imaginários, de Marcio Marques
Os Abandonos, de Suyan de Mattos e Sandro Brasil
Ilha do Bananal-desfocados, de Alexandra Ungern-Sternberg
Marcas do Tempo, de Miriã Cavalcanti
Memória Lócus, de TiroTTi
É só uma carta de amor, do Coletivo MOB
Lançamento dos catálogos das edições do Projeto Pretexto - Sesc Blumenau
Atração musical: Banda The Zorden

Visitação: de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, até 5 de janeiro
Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176
Entrada franca.


Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello
 Foto de Jaime Batista da Silva

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