Vereador Mário Hildebrandt é eleito presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau. Como corregedor ficará Antonio Veneza de Souza (PSD) e como corregedor substituto Cezar Cim (PP).

Vereador Mário Hildebrandt é eleito presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau. 

Um pedido de impugnação, requerido pelo vereador Ivan Naatz (PDT), à candidatura de Célio Dias (PR), tumultuou a votação. No entanto, ao final, a Câmara decidiu pela rejeição ao pedido. A chapa inscrita venceu com 10 votos. Os candidatos avulsos Beto Tribess (PMDB) à presidência, e Adriano Pereira (PT) à segundo secretário, receberam cinco votos cada. 

Como corregedor ficará Antonio Veneza de Souza (PSD) e como corregedor substituto Cezar Cim (PP).

 Foto de Jaime Batista (Blog do Jaime)

Candidatos na tribuna

O vereador Mário Hildebrandt (PSD) parabenizou a decisão do presidente Vanderlei de Oliveira (PT) por ter recusado a impugnação da chapa. Em seguida, acrescentou que o grande desafio da vida política é pedir voto. “Pedir voto para eleitos é ainda maior”. Argumentou que a chapa tem dois ex-presidentes e membros de vários partidos, trazendo pluralidade as decisões. “O nosso objetivo é fortalecer o Parlamento e auxiliar os 15 vereadores neste trabalho”.

Beto Tribess (PMDB) disse que apresentava sua candidatura baseada nos princípios que aprendeu com seus pais, de ser sempre ético, coerente e cumprir com a palavra. Destacou que por isso estava mantendo a sua candidatura à presidência da Câmara, porque estava honrado a palavra empenhada há dois anos, quando 10 vereadores haviam se comprometido com ele. “Estou hoje aqui honrado a minha palavra dada naquela oportunidade, porque aprendi que palavra dada é compromisso assumido. Por isso peço o voto de cada um para juntos assumirmos o compromisso”.

O candidato a segundo secretário, vereador Adriano Pereira (PT), argumentou que não tem um desejo pessoal ao cargo, mas de todo seu partido. Apontou que os parlamentares devem entender o que é povo. 

  Foto de Jaime Batista (Blog do Jaime)

Pedido de impugnação de candidatura

Ao explicar seu pedido, Ivan Naatz (PDT) se referiu à Lei da Ficha Limpa. Disse que a legislação impede que pessoas condenadas por atos de improbidades de forma colegiada não poder candidata a cargos públicos. “É o caso do vereador Célio Dias, cuja condenação foi feita por unanimidade por um Colégio do Tribunal de Justiça. Não sou eu que diz isso, é a lei”, afirmou. Ivan Naatz ressaltou que o vereador Célio Dias preenche os requisitos para ser votado como integrante da Mesa Diretora, mas questionou se ele tem condições de gerenciar um orçamento de R$ 26 milhões.

Em nome do Partido da República, Célio apontou que achava estranha a iniciativa, vinda de um jurista. Leu despacho de juíza sobre seu mandato. “Estou em pleno gozo dos meus direitos políticos. Tanto que sou vereador nesta Casa”. Destacou que a decisão final não será jurídica, mas política. “É impossível ser um político e não ter ações contra a sua pessoa. Quem ordena despesas tem. Muitos processos injustos. Somente por causas políticas”.

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Representando o Partido dos Trabalhadores, o vereador Jefferson Forest (PT) ressaltou que este era um dos momentos mais tensos do Legislativo. Comentou sobre o princípio constitucional da igualdade de todos perante a Lei. “Temos um pré-julgamento se é culpado. Ninguém pode ser considerado culpado até a sentença. O vereador Célio está no exercício do mandato e goza de todas as prerrogativas do seu mandato”, disparou. Sugeriu a Mesa Diretoria que comunique ao Ministério Público o caso para verificar se há alguma irregularidade. Apontou que o regimento interno é autoritário e antigo. “Que tenhamos coragem de reformar este documento. Não pode caber a uma pessoa a decisão de impugnar uma candidatura”, argumentou.

O vereador Marco Antônio Wanrowsky ocupou a tribuna para falar em nome da bancada do PSDB. Afirmou que as eleições da Mesa Diretora sempre são tensas. Salientou que as decisões devem ser baseadas na Lei Orgânica e no Regimento Interno. “ Não vamos entrar em juízo de valores. Neste momento o que está se discutindo é o exercício de mandato. Não existe meio mandato de vereador. As prerrogativas do mandato são integradas”. 

  Foto de Jaime Batista (Blog do Jaime)

Mário Hildebrandt, em nome do PSD também defendeu o direito do vereador Célio Dias, de disputar o cargo de primeiro secretário. Destacou que o pedido de impugnação da chapa não tem cabimento. Também lançou mão da Constituição Federal, igualmente ao vereador Jefferson Forest, para explicar que os direitos do mandato do vereador Célio Dias estão assegurados. Leu alguns artigos da Constituição, entre eles o artigo 15, que aborda a suspensão dos direitos públicos. “É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos”, confirmou, destacando que o caso do vereador Célio Dias não se encaixa em nenhuma das prerrogativas. 

 Foto de Jaime Batista (Blog do Jaime)

Após analisado o pedido de impugnação, a Câmara decidiu rejeitar o pedido por atestar que todos os vereadores que compõem a Chapa 1 estão em pleno exercício de seu mandato. “Quaisquer questões de ordem moral e ética não podem ser consideradas neste momento para o fim de restringir direitos de parlamentar”, explicou o presidente Vanderlei de Oliveira. 

Candidaturas

Chapa 1 - Eleita

Presidente: Mário Hildebrandt (PSD);

Vice-presidente: Marcos da Rosa (DEM);

Primeiro Secretário: Celio Dias (PR);

Segundo Secretário: Marco Antônio Wanrowsky (PSDB).

Candidaturas Avulsas 

Presidente: Beto Tribess (PMDB);

Segundo Secretário: Adriano Pereira (PR).

Candidaturas a Corregedoria

Corregedor: Antonio Veneza de Souza (PSD); 

Corregedor Substituto: Cezar Cim (PP). 

Votos recebidos 

Chapa 1 

Mário Hildebrandt (PSD); Marcos da Rosa (DEM); Célio Dias (PR); Marco Antônio Wanrowsky (PSDB); Antonio Veneza (PSD); Cezar Cim (PP); Jens Juergen Mantau (PSDB); Marcelo Lanzarin (PSD); Oldemar Becker (PPS) e Zeca Bombeiro (SD). 

Total: 10 votos 

Candidatura avulsa a Presidente: Vereador Beto Tribess 

Roberto Tribess (PMDB); Adriano Pereira (PT); Jefferson Forest (PT); Vanderlei de Oliveira (PT) e Ivan Naatz (PDT). 

Total: 5 votos 

Candidatura avulsa a Segundo Secretário: Vereador Adriano Pereira 

Roberto Tribess (PMDB); Adriano Pereira (PT); Jefferson Forest (PT); Vanderlei de Oliveira (PT) e Ivan Naatz (PDT). 

Total: 5 votos 

Candidaturas a Corregedoria 

Unanimidade 

Fonte: Assessoria de Imprensa CamaraBlu