segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Morre o cantor guitarrista Celso Blues Boy aos 56 anos. O corpo dele está em Blumenau-SC no Crematório do Cemitério São José no centro.

Morre o cantor guitarrista Celso Blues Boy aos 56 anos. 
O corpo dele está em Blumenau-SC no Crematório do Cemitério São José no centro.
Ele morava em Joinville-SC. Ele morreu de câncer na garganta nesta manhã de segunda-feira dia 06/08/2012. Conforme o site oglobo.com, ele tinha a doença mas preferiu guardar segredo e o seu pedido era para não ser velado.  
Foto divulgação site do cantor.
O Crematório São José de Blumenau, a pedido da família, não está passando nenhuma informação. No jornal da RBS TV Blumenau foi anunciado que o corpo deve ficar por 72 horas no crematório por causa de sua religião.



Não são muitos os artistas que podem se gabar de ter criado uma linguagem musical. Robert Johnson, Frank Sinatra, Chuck Berry, Elvis, Hendrix, Marvin Gaye, Miles Davis, os Beatles, Kraftwerk, Black Sabbath, Ramones, o Faith No More - a lista não avança muito a partir daí. Nesse seleto grupo de excepcionais, Celso Blues Boy arruma uma vaguinha por ter dado um sotaque brasileiro ao blues, um gênero americano (ou africano, em suas raízes mais profundas) por excelência, e com ele feito sucesso avassalador ao ponto de ser, ao mesmo tempo, lenda, ídolo e referência, ainda mais quando o papo recai sobre aquele instrumento de seis cordas chamado guitarra.

A revista Backstage colocou Celso entre os 20 maiores guitarristas da história; BB King, expressão máxima do blues, o reverenciou ao dividir palcos e estúdio com ele e o convidar para fazer carreira nos EUA; tocou no célebre Festival de Montreaux, na Suíça; The Commitments, a banda do filme cult de Alan Parker, chamou Blues Boy para se integrar a ela (e ele gentilmente recusou). Se Celso não foi alçado ao mesmo patamar glorioso de Tom Jobim, João Gilberto, Caetano Veloso e outras sumidades nacionais, não cabe aqui buscar explicações.

Fato é que Celso vem fazendo história desde a metade dos anos 70. Com apenas 17 anos, por exemplo, integrou o grupo de Raul Seixas. Acompanhou uma penca de veneráveis nomes da MPB (Renato e Seus Blue Caps, Sá & Guarabira, Luiz Melodia...) e arregimentou fãs ao empunhar a guitarra nas bandas Legião Estrangeira e Aero Blues, considerado o primeiro grupo de blues do Brasil e dono de performances memoráveis na lendária casa de shows Apa Loosa, no Rio de Janeiro.
Fonte: Site: http://www.celsobluesboy.com.br/

Um comentário:

Anônimo disse...

Publicado em 06/08/2012 por joaobeckerral2

"O músico Celso Blues Boy, de 56 anos, morreu por volta das 8h50m desta segunda-feira em sua casa, em Joinville, Santa Cantarina, onde vivia há mais de uma década. Cantor, compositor e guitarrista, Celso sofria de câncer na garganta há cerca de um ano. De acordo com o Serviço de Verificação de Óbito de Joinville, Celso mantinha a existência da doença em segredo e se recusou a fazer os tratamentos necessários. A pedido do próprio Celso, seu corpo não será velado e já foi encaminhado para um crematório em Blumenau.

Nascido Celso Ricardo Furtado de Carvalho, o músico começou a tocar profissionalmente na década de 1970 e, aos 17 anos, já atuava como apoio a grandes nomes da música como Raul Seixas, com quem gravou "O diabo é o pai do rock". Considerado um dos maiores guitarristas do Brasil, tocou ainda com Sá & Guarabyra, Renato e Seus Blue Caps, Luiz Melodia e Cazuza - com quem gravou a faixa "Marginal" -, além de fazer parte das bandas Legião Estrangeira e Aero blues.

O reconhecimento de seu trabalho solo veio com a ascensão do rock brasileiro na década de 1980, apoiado pelo surgimento da rádio Fluminense FM, das Noites Cariocas, de Nelson Motta, e do Circo Voador. É dele o recorde de shows da casa da Lapa: em 30 anos de história, Celso Blues Boy subiu ao palco do Circo 104 vezes. A 105ª seria no dia 23 de outubro, em comemoração ao aniversário do Circo.

Seu primeiro disco, "Som na guitarra", foi lançado em 1984, com seu maior sucesso, "Aumenta que isso aí é rock'n roll", e outros hits como "Blues motel" e "Rock fora da lei" . Celso ainda participou da trilha sonora de filmes clássicos do período, como "Rock Estrela" e "Bete Balanço".

Na década de 1990, passou a se apresentar regularmente na Europa, quando estreitou laços com B. B. King, seu maior ídolo, que participou da faixa "Mississipi", em homenagem ao lendário Robert Johnson, do disco "Indiana blues", de 1996. Em 2011, lançou o bem humorado "Por um monte de cerveja", seu derradeiro trabalho. Nos últimos tempos, Celso vinha excursionando pelo Brasil quando, em julho deste ano, sofreu uma paralisia facial, que o impediu de fazer algumas apresentações agendadas. O músico subiu ao palco pela última vez no dia 7 de julho, no SESC Santo Amaro, em São Paulo."

Considerado um dos 20 maiores guitarristas que já viveu. Que descanse em paz.