Veja as fotos do Casamento Alemão em Blumenau:
Aconteceu neste sábado na Igreja Evangélica Luterana da Paz no morro da Cia o casamento do "Fritz" Evandro e da "Frida" Lilian em pleno mês de Oktoberfest.
Os padrinhos e alguns convidados vieram trajados tipicamente. Ao final da celebração uma banda animava a saída dos noivos da igreja.
Foto de Jaime Batista da Silva
"O Evandro, apesar de ter sobrenome de descendentes italianos, (o pai Nardelli da terceira geração nascido no Brasil), esteve mais atento à cultura germânica desde a juventude. Filho de comerciante, inicialmente caminhoneiro e mãe dona de casa, desde o despertar as 6:00h, já tomava café ouvindo as canções do programa "Alemanha musical" na antiga rádio União FM, hoje Antena 1. Junto com a mãe que falava alemão e explicava um pouco do que se tratavam as canções...
Enquanto isso a Lilian já falava alemão com os pais ali perto,na cidade vizinha Blumenau e estudava música como bolsista da Hering no teatro Carlos Gomes. Ela ia ao culto infantil da igreja Luterana da Paz, a mesma onde será realizado o casamento.
Foto de Jaime Batista da Silva
O Evandro foi um dos primeiros integrantes do Grupo Folclórico Alemão, da FIC de Indaial até o ano de 1995. E se apresentou num dos pavilhões da Oktoberfest no ano em que ainda se apresentava a banda Die Odenwälder. Ainda guarda o caneco de choopp da Oktober daquele ano. Mas entre os amigos, pouco ou nunca bebia cerveja. A medida do copo servia bem para encher de café com leite e comer as tradicionais cucas de farofa, nata, banana e doces de polvilho ou docinhos de Natal (tudo em quilo)...
Aos 19 anos alistou-se no serviço militar - Aeronáutica, em Curitiba-PR onde participou também do Grupo Folclórico Alte Heimat. Posteriormente, no Grupo Folclórico do Clube Concórdia, participou de várias apresentações na cidade de Curitiba e arredores até o ano de 2007.
Nesse mesmo período a Lilian, participava dos cultos na igreja luterana do bairro da Velha, onde o pai era o organista até pouco tempo atrás. O seu Osmar Muller tocou o órgão da igreja durante 45 anos. Por estudar música, a Lilian ingressara no coral da igreja e há uns 3 anos, no Coral Misto do Clube 25 de Julho de Blumenau onde permanece atualmente.
Foto de Jaime Batista da Silva
Um concurso trouxe a oportunidade de trabalho e levou o Evandro a transferir novamente seu endereço e viver no Sul do Chile, desde junho de 2007 até março de 2009, onde entre árvores centenárias e montanhas com neve, também havia algum traço da cultura alemã, na cidade de Valdívia. Com a bicicleta e muita vontade de conhecer a região, visitou as pequenas cidades próximas e a cordilheira, onde vilarejos, o povo simples e as construções em madeira lembravam aquelas imagens de calendários ou capas de discos de bandas européias.
A Lili após sair da confecção onde trabalhou por 15 anos resolveu construir uma pequena casa de madeira ao lado da casa dos pais e também viajou. Visitou a Alemanha, pois ali tinha amigos de correspondência desde a adolescência.
Foto de Jaime Batista da Silva
Desde 2010, retornando agora para trabalhar em Blumenau, logo ingressou no Grupo folclórico Grünes Tal. O Evandro conseguiu rever pessoas conhecidas nos bailes típicos germânicos, principalmente em clubes de caça e tiro ou festas como a Festa Pomerana ou Sommerfest. Mas a principal, a Oktoberfest, só em outubro...
Foi nesse meio, onde antigos amigos e muitas pessoas que estão envolvidas de uma ou de outra maneira com essa tradição acabaram formando um grupo que através de encontros programados se reúne e se organiza para manter alguns hábitos e lembrar alguns costumes de seus antepassados. Assim, a Lilian e o Evandro se encontraram em 2011. Mas o namoro veio depois de um tempo, graças ao empurrãozinho de um bondoso coração da madrinha Luciana, que um dia lhes disse: “Olha ela é uma boa moça... Ele um bom rapaz e vocês têm tanta coisa em comum que nem imaginam...” E foi num baile tradicional, onde dançaram juntos e depois de uns dias começaram a namorar.
Foto de Jaime Batista da Silva
No ano passado foi a primeira Oktoberfest em que estivemos juntos como namorados. A maior e mais emocionante festa, a Oktoberfest, é um convite irrecusável para quem gosta de festa típica germânica. A vontade é sempre maior que o cansaço do trabalho e ouvir as bandas alemãs e apreciar a festa num ambiente com a sinergia dos amigos de longa data, bem perto de casa é muito bom.
No ano passado foi a primeira Oktoberfest em que estivemos juntos como namorados. A maior e mais emocionante festa, a Oktoberfest, é um convite irrecusável para quem gosta de festa típica germânica. A vontade é sempre maior que o cansaço do trabalho e ouvir as bandas alemãs e apreciar a festa num ambiente com a sinergia dos amigos de longa data, bem perto de casa é muito bom.
É um ambiente diferente. É por isso que essa festa movimenta mais que as economias que realizamos durante boa parte do ano. Ela agita o coração, gera ansiedade, nos faz preparar o traje, desde cuidados com os botões de madeira, ajeitar as meias costuradas à mão, os laços em couro na Lederhosen e o chapéu velho com os apetrechos. Vamos trajados e levamos canecos diferentes para brindar principalmente com um ou dois tipos de cerveja artesanal por noite. E bem cedo aproveitamos para curtir as apresentações dos amigos do folclore, que depois se juntam e acompanham as bandas se apresentando em diferentes pavilhões. Se for pra dançar, deixamos os canecos em casa ou no carro e quando vamos com os nossos pais para assistir a apresentação de danças das “omas” ou dos amigos mais velhos do coral do 25, é bem agradável também comer e curtir a festa nas mesas do Biergarten. É um lugar em que nos sentimos bem, muita gente se encontra e acaba formando um grupo que se diverte bastante, sem exageros, nem “azaração” de turistas. A gente se diverte brincando, dançando, cantando e rindo dos “causos”.
Foto de Jaime Batista da Silva
Os pais dela eu já conhecia de um encontro num café colonial que participamos um ano antes... Mas nem éramos namorados... (Imagine que naquele instante fui 8 vezes buscar cucas e pães com “chimia”... Mas só me alimento bem, pois a bike consome muita energia).
Com as alianças dos pais da Lili e um pouquinho a mais de matéria prima, fizemos as nossas e noivamos especialmente no dia de Natal, pois com toda a família reunida, uma grata surpresa para os pais da noiva, que me receberam de braços abertos desde que conhecia a Lili. Naquele dia, um momento especial e inesquecível, um sonho compartilhado com todos os familiares. Finalmente eu encontrei a mulher da minha vida e um sogro e uma sogra que me amam um montão.
O casamento une dois traços marcantes das nossas vidas. A tradição religiosa e a nossa cultura. A data foi escolhida pensando na possibilidade de compartilhar esse momento com o maior número de amigos inclusive os de longe. Alguns amigos que tocam em bandas que virão pra Oktober, virão para o casamento.
Foto de Jaime Batista da Silva
Pensando no casamento tradicional do Sul da Alemanha, onde os noivos usam trajes típicos e na existência de muitos elementos simples da vida no campo, lembrando nossos pais e avós, decidimos optar por relacionar estes elementos sem deixar de lado o respeito, a consideração e a religiosidade deste acontecimento.
Pedimos autorização ao pastor e fizemos este casamento um pouco convencional para os dias de hoje.
Nos casamos trajados tipicamente e a decoração da igreja e do salão também foi com tons da Alemanha. Horas e horas desenhando e recortando papéis para elucidar convites, depois os enfeites, as forminhas de brigadeiros, os detalhes das mesas, como seriam e como poderiam ficar organizados os corais na igreja... Foram 3 corais que cantaram músicas religiosas e antigas canções alemãs. A grande maioria dos convidados foram com trajes típicos.
Lilian Müller e Evandro M Nardelli (texto enviado pelo Lilian)
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
O carro que trouxe a noiva foi um fusca decorado e na parte superior do Fusca tinha linguiças.
O carro que trouxe a noiva foi um fusca decorado e na parte superior do Fusca tinha linguiças.
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
Foto de Jaime Batista da Silva
5 comentários:
Excelentes fotos e belíssimo casamento. Parabéns ao casal!!
Parabéns Jaime, como sempre fotos excelentes e um bom histórico da vida deles, assim como descrição do evento.
Abs e foi um prazer reencontrá-lo lá.
Fantástico!!
Parabéns aos noivos que Deus lhes conceda muita saúde, amor, fé e longos anos de vida!!
Parabéns Jaime pela reportagem e fotos...muito linda!!
parabéns aos noivos !a tradição e bonita.espero que isto vire moda.sou de BLUMENAU.MAS ATUALMENTE ESTOU MORANDO EM RONDÔNIA SOU ESPOSA DE MILITAR!!FELICIDADES AOS NOIVOS E PARABÉNS PELA REPORTAGEM!!!!*_*
Fica da Historia de Blumenau, muito bonito p a cidade, que resgata tradições de seus colonizadores, foi muito bonito, muita alegria.. Ein Prosit !!!
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